Oi :)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Hello Winter.




E por anos eu vivi procurando um sentido. Fui aquela que sempre acreditou na existência de explicações, motivos e significados únicos. Ou era, ou não era.Foi devido ao fato de minhas experiências raramente terem apresentado algum sentido, que eu acabei me cansando. Procurei entender muita coisa, não entendi quase nada. Desisti das justificativas. Comecei a viver medos.Vivi cada uma das minhas histórias como se fossem peças que não se encaixam, peças que nunca se interligariam. Apaguei de mim tantas das coisas que não possuíram significado e me esqueci de perceber que a visão do outro lado tem a memória menos compreensiva e mais cruel do que a minha.Eu não gosto de pensamentos pré-prontos, eu não gosto do livre arbítrio alheio, eu não gosto de quem acha que faz sentido. Eu só gosto de pouca gente.

sexta-feira, 19 de junho de 2009


Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.Não funciona assim.Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

tão simples e ao mesmo tempo tão complexo.


Existem vezes que entender cada detalhe estraga todo o progresso atingido e a medida certa pra não enlouquecer é entender sim o que está acontecendo, mas não obrigatoriamente saber todos os caminhos, consequências, porquês e explicações para se chegar lá. Por exemplo, eu estava vendo o filme Déjà Vu essa semana e a história só fazia sentido quando eu não tentava dar uma de esperta e ficava questionando todas as possibilidades, porque aí a história se tornava ridiculamente irreal e o filme consequentemente ficava ruim, me fazendo querer parar de assistir. Mas quando eu não tentava um entendimento tão profundo, o superficial tornava o filme incrível.Onde eu quero chegar com isso? É que eu acredito na teoria de que questionar demais a veracidade e a profundidade das coisas nos faz mais infelizes do que aderir um pouco à ingenuidade, nos faz querer largar a história pela metade, nos faz perder a paciência e a vontade de saber o final. Ignorar fatos, pensamentos, atitudes, sentimentos... creio que se eu conseguisse um pouco disso meus pensamentos seriam mais leves, minhas vivências seriam mais leves. A ignorância deve ser mesmo uma bênção.
Quem precisa da perfeição sendo que é o fato de sermos tão estranhos que muda tudo?

terça-feira, 9 de junho de 2009

Troco um ponto final por três pontos finais


...


Eu não entendo porque a gente tem essa espécie de sorte e azar ao mesmo tempo de receber alguma coisa e em troca ter de perder outra. Do mesmo jeito que a gente não pode ter a noite e o dia ao mesmo tempo.E o que existia aqui dentro, não existe mais da mesma forma. Muita coisa mudou. Alguma coisa morreu e só há pouco eu fui perceber.Eu sou mesmo a pessoa mais complicada que eu conheço. Mas é sem querer.